Na política, como na vida, nem sempre quem tem mais votos tem mais poder. Rosa da Saúde aprendeu essa lição da maneira mais amarga: ao descobrir que a quantidade de votos que recebeu não lhe garantia a presidência da Câmara Municipal de Tailândia. A frustração foi inevitável, mas, ao invés de digeri-la, optou por se isolar e buscar novos aliados.
E foi assim que encontrou Francisco Farias, um ex-aliado de Macarrão que, por não ter sido escolhido como candidato na sucessão, decidiu romper e traçar seu próprio caminho. Ambos tinham algo em comum: o ressentimento político. Unidos não por projetos, mas por descontentamento, Rosa e Francisco passaram a alimentar a esperança de uma nova fase na política local.
No entanto, a história de Francisco traz consigo um detalhe curioso: nas pesquisas internas do grupo político ao qual pertencia, ele figurava em último lugar em uma lista de sete possíveis nomes para a sucessão. E mesmo nesta posição, foi lhe oferecido o cargo de vice de Lauro, rejeitou. Rompeu. Ou seja, seu rompimento não foi exatamente uma surpresa, mas sim um movimento previsível de quem foi engolido pelo próprio ego.
Enquanto Francisco tenta passar a imagem de uma alternativa futura, Rosa tenta construir caminhos para reforçar seu desejo de comandar a Câmara, talvez esperando que sua nova postura seja reconhecida como uma forma de coragem e independência. Mas até que ponto alianças motivadas pela decepção e pelo ressentimento conseguem se sustentar? A política é um jogo de influência e negociação, e a força de um projeto coletivo sempre supera o desejo individual.
Por enquanto, a cidade observa. O que é certo é que a política segue seu curso, e aqueles que não compreendem suas regras estão fadados a ser apenas notas de rodapé no livro da história local.